terça-feira, 22 de junho de 2010

Tão Comum (Sandy Leah)

Se você me perguntar o que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar o que eu quero do futuro
Eu digo que não sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjulgar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Se a consciência me chamar disser que eu não posso
Eu digo que não sei
Assumo os meus desejos, tento saciar a sede
Daquilo que nem sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do
tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Tantas peguntas a responder
O que é certo? O que é bom e o que é real?
Antes de dar resposta
É preciso aprender a perguntar

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Copa, copa, copa e nada mais!!!!



De quatro em quatro anos o mundo para. Todos querem assistir aos jogos da Copa. Os bancos, o comércio, a prefeitura, as universidades, o serviço público, as escolas, tudo para... Só os serviços de emergência continuam funcionando, porém com um grupo reduzido de funcionário, afinal ninguém escolhe o melhor horário para passar mal e pode ser que algum engraçadinho passe mal durante os jogos da Copa. Além dos acidentes que podem ocorrer pelo fato da ingestão de bebidas alcoólicas misturadas com o volante.
Os bares abrem no horário dos jogos e ficam lotados, coitados dos garçons, talvez esse seja um dos únicos times completos de trabalhadores no horário dos jogos. As pessoas também se reúnem em chácara ou na casa de amigos, e claro, aproveitam a festa para fazer churrasco e beber.
Os meios de comunicação só falam da Copa, entre uma notícia e outra da África do Sul comentam algum acidente ou qualquer outra coisa que não mereça a atenção da população. Vários lugares fazem promoções para distribuir camisas da seleção. Na internet a maioria dos sites estão com matérias sobre a Copa logo na primeira página, existem outras matérias mas estas estão um pouco fora de moda nestes 30 dias. Ou seja, durante a Copa o Mundo para, nada acontece, os ladrões não roubam, os políticos não tomam nenhuma decisão importante que mereça a nossa atenção, fica todo mundo tranquilo vendo aos jogos.
Não!! É claro que não! Parece sim que o mundo para, mas as importantes decisões estão sendo tomadas, do mesmo jeito! O problema é que não vemos, pois estamos vidrados nas noticias sobre os jogos e esquecemos que daqui a alguns meses temos eleições, por exemplo, e os políticos podem fazer o que quiserem durante a Copa, NÃO ESTAMOS VENDO!
É por isso que os veículos de comunicação devem não só lançar enquetes sobre os times, testes sobre o tipo de torcedor que você é, vídeos sobre as torcidas, comentar os filmes que falam de futebol, falar sobre os jogadores, as lesões, as recuperações, a alimentação, os uniformes, os empates, as vitórias, as derrotas, o que aconteceu nas Copas anteriores, apostas e bolões, e claro falar sobre a roupa do técnico da seleção ou qualquer coisa do tipo... UFAAA...
A imprensa deve sim falar sobre a Copa, mas não apenas dela. Tudo bem, não vamos generalizar, os jornais estão falando sobre os políticos, comentam os palpites dos políticos nos jogos, os bolões dos deputados e tudo que estiver ligado a Copa.
Assim como nos unimos na hora da torcida para o Brasil ou pra qualquer outro time, devemos nos unir também para escolher o melhor Presidente para o país, os melhores deputados, os melhores políticos para nos representar.
Fique de olho aberto. Durante esse mês o mundo não vive apenas de matérias, vídeos e comentários sobre a Copa, o mundo continua girando em movimentos de translação e rotação, e depois que a Copa acabar vão sobrar apenas as vuvuzelas, mas pode ser que seja tarde demais para tentar fazer algum barulho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Até quando?


A violência no Brasil está cada vez mais implícita na vida da população. Os agressores tornam-se mais audazes e ferozes, procurando surpreender as vítimas antes de serem surpreendidos, os agredidos tornam-se mais dispostos a conceder aos bandos de extermínio, carta aberta para fazer o que quiserem, alegando o que bem queiram. E daí nasce o medo social, o pânico com características fóbicas.
Dados mostram que entre 1979 e 1994, o número de pessoas assassinadas no país, confrontado com a sua população, praticamente dobrou. Em 79, havia 1169 homicídios para cada grupo de 100 mil pessoas, número que chegou a 2104, em 94. Em quinze anos, o Brasil ficou duas vezes mais violento.
O fato de o Brasil ter vencido os EUA numa triste corrida de números de mortos também preocupa. A taxa de homicídios para cada 100 mil norte-americano, de 9,89 em 1979, manteve-se praticamente a mesma, sendo de 9,43 em 1994.
O povo sofrido do Brasil sempre foi vitima da violência: dos colonizadores sobre os índios; dos senhores sobre os escravos, dos fazendeiros sobre os camponeses do passado, os bóias-frias de hoje; dos poderosos sobre os que lutam pela liberdade, entre outros.
Cometem-se inúmeras violências, e a maior delas consiste em retirar do povo a possibilidade de participar da vida política, econômica e social do país; consiste em dificultar, ou mesmo impedir, a livre organização e associação dos cidadãos para a defesa de seus direitos mais legítimos, deixando a brutalidade frequentemente impune.
Os meninos do moro têm razão quando invejam os que chegaram aos 20. Para essa garotada chegar aos 18 é a suprema felicidade. Aparecer na imprensa, dando entrevista, conquistando corações, isso é o tipo de gloria que talvez nem mais almejem. Aprenderam também que a foto no jornal é o prenuncio da morte e cada entrevista é, na verdade, um testamento.
O caldeirão dos presídios está explodindo, crianças estão morrendo na famosa “guerra às drogas” e ainda assim continuamos dando a impressão da que as coisas marcham bem nessa área.
O Brasil fracassa na missão de oferecer alternativas não apenas para os bandidos, mas para milhares de crianças que se tornam marginais. Deixando a violência correr solta por todos os lados. Todos andam com medo de tudo e de todos (principalmente nas grandes cidades). O clima de insegurança e o vivido persecutório generalizam-se.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Presente...


"Se eu pudesse deixar algum presente a vc,

deixaria aceso o sentimento de amor à vida do seres humanos.

A consciência de aprender tudo que nos foi ensinado

pelo tempo afora.

Lembraria os erros que foram cometidos,

como sinais para que não mais se repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria pra vc, se pudesse,

o respeito aquilo que é indispensável:

além do pão, o trabalho e a ação.

E, quando tudo mais faltasse, para vc eu deixaria,

se pudesse, um segredo.

O de buscar no interior de si mesmo

a resposta para encontrar a saída."


Mahatma Ghandi